Autor: João Ludugero
Dos meus dedos
brotam cacimbas,
jorra límpida água de mina.
Novamente cavo e escavo,
na areia do rio Joca
nascem lágrimas
nos meus olhos rasos d'água
Vejo salobros horizontes
no Vapor e,
por puro instinto,
aves de arribação
que sempre voltam
ao agreste verde,
mesmo condenadas à extinção.
Elas vêm desvairadas,
sedentas, em bando,
beber nos meus olhos
julgando serem fontes
Só levo uma certeza comigo:
enquanto o por-do-sol se refletir
nas águas do açude do Calango,
os meus olhos terão aonde
se levantar, arribar voo
para descansar,
ainda que haja
em/tarde/sido
Amei esse seu poema :)
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