Minha Várzea,
por entre arcanjos e estrelas
eu sigo cantando o teu nome, tua essência,
navego na poesia que emana do teu chão
feito um arado que nunca perde a colheita
E a brisa que roça no meu rosto
em casulos de algodão,
brancas nuvens,
a barba de São Pedro apóstolo.
Continuo a fazer versos
driblando críticas, assim cresço,
pensando em Deus, descubro
o que significo para Várzea.
Logo deixo de escutar alguém que diz
Logo deixo de escutar alguém que diz
que sou sensível, que sou poeta,
que homem não deve chorar,
que ele deve ser cabra-macho
e dizer a que veio, de pronto.
Mas que asneira, será que não vê
que homem também sente, além da razão,
que cabra-macho tem uma cabra
na frente do macho?
Esse preconceito perde o respeito,
há tempos perdeu o efeito;
há tempos perdeu o efeito;
desde quando me conscientizei
do que Deus é para mim,
dispensei comentários...
do que Deus é para mim,
dispensei comentários...
permaneço a Varzeamar,
pois tenho um coração que sente.
E assim, jorram letras e palavras,
em versos e prosas, aos amores dedicados:
às Marias das Graças, às Anas
às Dalilas, Joanas, Madalenas
às Nanas, Nenas, Ninas
às Nucas e Nanucas
às Júlias, Julietas e Romeus,
sejam corujões ou bacuraus,
seja o escambau!
São momentos mágicos
de amor que não têm sexo, não têm cor.
A mulher pode ser poetisa,
por horas pensar feito homem;
e, do poeta, cabra-macho, o que dizer?
é verdade, é fato, seja macho ou seja fêmea,
puro e belo é poetar!
E, de resto, ambos permitem-se,
sem censura, dizer em alto e bom tom:
sem censura, dizer em alto e bom tom:
'fodam-se' com todos os preconceitos!
'fodam-se' aqueles que nunca souberam
o que é Varzeamar de verdade!
Isso mesmo: 'fodam-se' aqueles que só sabem criticar,
aqueles que vieram ao mundo
apenas para serem ervas-daninhas.
Ahaaa!!!Maravilhoso poema-crítica, repleto de sensatez, que bate na cara pálida dos medíocres de plantão, bate e rebate e não sopra. Manda todo preconceito à "p.q.p"!!!
ResponderExcluirValeu poeta J. Ludugeero!!! Sua poesia é ótima, formidável! Abraços,
Andrea Carvalhido Nunes
Brasília
Belo o poema da Cabra. Forte.Crítico na medida. Que escreve foda com "f" e não com "ph". Sensato e sensacional! Adorei o "fodam-se"!!!
ResponderExcluirBjs,
Marta Lígia Sanches
Asa Norte - Brasília
Que forte!!!
ResponderExcluirAdoro os teus desabafos... e os teus "fodam-se"!!
Vamos Varzeamar!!!!