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domingo, 1 de agosto de 2010

QUEM HÁ DE REPARAR...

Autor: João Ludugero

Quem há de reparar

Nas coisas simples que escrevo
Que cuido de engenhar 
Que traço no alaranjado 
Poema do pôr-de-sol
Lá do meu Calango,
Açude de lembranças,
Que ora risco e rabisco

Quem há de reparar
Que, ao recordar teu rosto, 
Furta-me-cores a paixão,
Faz-me viajar pelos Ariscos
De pires na mão, 
De coração alado, inquieto,
A implorar que nunca esqueças
De olhar de perto
E ver nas flores do Maracujá 
Toda beleza que há
Que procuro trazer 
Para esses versos simples
que tanto gosto me dão de viver,
Assim, assim maravilhado!

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