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terça-feira, 10 de agosto de 2010

NOTA DEZ-AO-SOSSEGO


Oh, minha nega,
meu chamego, meu xodó,
meu dengo, meu apego,
meu desassossego
olhas pra mim, assim
com teu olhar disperso
de verde semáforo
e ainda não sei de ti

Se o sinal está aberto
se é livre o tráfego
se és cega por mim
ou negas me ver.
Que sejas bem-vinda à pousada
do sossego que fica bem ali
na terra de Cícero Cego,
no mocó do meu aconchego,
onde faço versos acalangados
onde con/verso e junto chego

Sinta-se em casa, hospede-se
aqui na minha Várzea,
seu próximo destino! 
juro que não sou per/verso
sou do bem, sangue bom,
até pelo avesso, confesso,
de frente, ou ao in/verso
bem ou mal escrito,
até falando grego, 
não quero parecer cabotino,
não me julgue assim, 
apenas sou filho do filho 
de dona Dalila,
sou filho de Seu Odilon

Com lápis de cor rabisco,
pinto croquis uno versos
com giz cor-de-anis, sincero
já fiz dela uma flor-de-lis
tal qual aquela nascida nos ariscos.
E, do risco, decorei a cicatriz no peito,
abri meu coração ao belo,
agora sou feliz, de novo!

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