RESPOSTA AO TEMPO NO PÓ DA AMPULHETA,
Por João Maria Ludugero.
Não só de manjar ou cubar a lida,
Mas as horas passam sem se ver
Sem perceber passam anos
Anjos, amigos, colegas
Amores em labirintos
Meada e fio ao desafio
Trabalhos na labuta,
Vida...A correr dentro.
Estamos fora do tempo
Corrido...A contento ou não,
Sofrido ou tranquilo
Armado ou amado
Tempo...Tempo...
Amores e amoras,
Taras e retoques
Arreios e alforjes
Amparo e recomeços
Aqui, agora ou de outrora...
Lembranças boas idealizadas
Expectativas no porvir esperado
Diversas e variadas levas...
Ilusões de agora sem resposta
Tempo que se esvai exacerbado,
Enquanto vivemos
Entremeios
Estripulias
Solavancos
Furdúncio
Catavento,
Ventanias
Catapultas
Trovas em cantigas
Tocando em frente
De lado e de banda,
Eiras e beiras,
Reentrâncias
Progressos
Regressos
Achas no tempo perdido
Encontros e descaminhos...
Até exaltar os pelos da venta!
Corridos desvãos
Misturados e juntos
Passado, presente, futuro
Hoje em repetidos dribles
Escanteios e viradas a seco
Escadas sem corrimão
Calvários e aclives
Atropelam-se,
Passam por nós desatados
Como horas medonhas
Em arteiras ampulhetas
Areias finas solenes
Tempo,
Cinzas e
Pó...
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