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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

MINHA VÁRZEA-RN, MEU AMOR, AUTOR: JOÃO MARIA LUDUGERO

Foto: MINHA VÁRZEA-RN, MEU AMOR,
AUTOR: JOÃO MARIA LUDUGERO.

Várzea já nasceu bonita, às margens de um rio chamado Joca.
Em 20 de dezembro de 1959,
veio a e emancipação política(Lei de nº 2.586).
Grandiosa conquista:
desmembrou-se do município de Goianinha.
Tornou-se mais uma estrela no mapa do nosso valoroso Rio Grande do Norte.

Graciosa terra de Ângelo Bezerra,
de Minervino, de Genésio Coelho,
de José Anacleto e de tantos outros
que chegaram primeiro e se banharam nas águas do rio Joca.
Foi lá que meu avô José Ludugero da Silva
conheceu dona Dalila Maria da Conceição.
O lugar era aprazível - Chamaram-lhe de Várzea!
Que terra ditosa! Cheia de ternura e bênçãos!
Que amada seara, que dá doces batatas e alvas macaxeiras, além de leite e mel!

Que torrão de tanta fé verdadeira.
Acho que Várzea me ensinou a ser um Homem de muita fé!
Desde criança minha avó me ensinava a rezar
e a admirar o nosso divino São Pedro.

E eu sempre recordo da vida do domingo daquele lugar.
Belas tardes no Estádio João Aureliano
Relembro-me do sino da torre da igreja
que ouvia tocar, da armação do presépio de Natal
Da catequese das tardes dos anos da minha infância!

Lembro-me de dona Maria Orlanda de Seu Nestor,
De Dona Marina de Seu Minor e seus carneiros bem cuidados.
Da casa do Seu Walfredo, ali na esquina da Igreja
De dona Suli, mãe de Dona Wilma Anacleto a fazer seus bolos e seus quindins.
Lembro-me dos borregos do Seu Nezinho, Pai do Joca e do Quincas.
Lembro-me de tanta gente insequecível:
De Dona Risolita Ferreira, Mãe do Ramos, do Reginaldo (Ré das vaquejadas), Mãe de Rosa, mulher de Humberto de Dona Noilde, Mãe de Sônia, Galego e Paulírio Gomes e Dona Palmira, esposa de Seu Adalberto, o Homem do Arisco dos cajus e das mangas.
Lembro-me do Seu Olival e de Sua querida dona Penha, pais de Wilma, Willyane e Marcos.
Lembro-me de Seu Antonio Belo, ferreiro de mão cheia, das brasas, torquês, acendedor de fole,
Ferros e ferraduras.
Lembro-me de dona Lídia, de Seu 'Louro', das quatro bocas da rua.
Lembro-me do Seu Nenê Tomaz, Plácido em sua lucidez tão sublime,
dizendo da formosura das meninas varzeanas: "Essa menina dá um pitéu!"
Quanta sabedoria e bondade na vida dessa nossa gente.

Quantos amigos, quantas famílias, quantos filhos da Várzea,de histórias bem-vividas.

São Bitas Mulatos, Maricas de Otávio, Ninas, Tidas, Totas, Ticas, Totitas, Anas do Rego,Gabrielas, Maurícios, Antônios, Belos, Duacas, Coelhos, Rodrigues, Pereiras, Virgílios, Pedros, Ocinos, Bentos, Oneides, Jandiras, Zildas, Vilmas, Dezildas, Dalvas, Anacletos, Tomazes, Limas, Carvalhos, Florêncios, Dalilas, Beatrizes, Santinas, Ribeiros, Paulinos,Lulas, Claudinas, Carminhas, Marreiros,Conceições, Júlias, Rosas, Piedades,Palmiras, Julietas, Chicos, Graças, Carmosinas, Cíceros, Severinos, Arletes, Dores, Albanitas, Olivais, Oliveiras, Louros, Cíceros, Glórias, Manos, maninhos, Betos etc, etc, etc.
Citei apenas alguns nomes. Peço perdão, pois aqui não caberiam todos os lembrados e jamais esquecidos.Páginas vivas da História de Várzea.

Lembro-me de tanta gente, parece que passa um filme na minha cabeça,
como um magote de gente em procissão pela cidade.
São pessoas que, no seu ritmo, dão passos adaptados para realizar desde
pequenas a grandes coisas, estando a felicidade em cada passo dado,
em cada momento, em cada reza, em cada novena, não no fim, mas nos passos para se chegar lá.
Parece ser esse o segredo da felicidade humana: o passo e o ritmo, a razão e a emoção.
O objetivo: Juntos estarem a fazer a festa na cidade de São Pedro.

E a vida acordava de mansinho, meu Santo Deus, nestas doces campinas do riacho do mel!
Benditas terras do Excelentíssimo primeiro prefeito, Pasqualino Gomes Teixeira.
Benditas águas, terra e ar e céu ...
Lembre-se: a gente ama, a gente cuida!
O céu de Várzea é mais azul,
erguido de nuvens que mais parecem de algodão. Algodão doce?
O cheiro da terra é como um perfume que se evapora das flores do Maracujá, dos marmeleiros,
Das flores de algodão em flor.
Várzea, terra propícia ao cultivo do milho, feijão e mandioca.
Acorda, Várzea, e mostra em toda a natureza seu encanto!
Ali há tanta magia que pelo céu flutua,
sem nunca renegar o pão nosso de cada dia aos filhos teus.
Realmente: "...Ali, em se plantando, quase tudo dá".

O ardente coração varzeano bate suave e valente entre os coqueiros,
Ao vento da manhã de um novo tempo,
de esperanças novas, de Titos, Quincas, Mandus, Tonhas e Pepedos.

Vento que enche os pulmões de alegria, de ar puro,
na certeza de colorir a juventude que brota
desde a Escola Plácido Tomaz de Lima aos muros, ruas,casas e janelas
que acordam cheias de graciosas meninas
E corajosos meninos apanhadores de sonhos e de amores.
Várzea, doce Várzea, da força da União, do recanto do luar
Ainda mais doce é o teu matutino orvalho, tuas baladas
Tuas jovens tranças, tua juventude na praça do encontro
que reluz sem receio, sem temor pelas praças e escolas.

Hoje estou distante,
E pelos 'ais' da minha alma
dá para ouvir meu lamento (baixinho)
que passeia pelo cemitério da saudade
Lembrando de dona Maria de Seu Odilon Soldado
E de tantas outras pessoas queridas
que já partiram da Cidade de Várzea,
para morar num outro paraíso.

Quando minha voz perder-se, à noite,
Quando eu derramar a minha alma
Quero vagar em teus jardins, às margens do rio Joca
ou nas verdes campinas do Vapor varzeano,
que o coração melhor perfuma.

Açude do calango, a lavar meus pés,
em doce engano quero me banhar.
Quero derramar em ti a minha alma!
Só para lembrar de Madrinha Joaninha,
Só para lembrar da minha estrela D'alva,
Dona Maria, que no seu seio de Mãe,
que a noite embala,
eu, eterno menino deitado no seu colo,
Pulsando quente e febril com a maior ternura!
Aquele anjo querido, minha Mãe Maria,
Que a minha dor de filho ausente lhe revela.

Várzea, hoje eu morro de saudades!
E o que me nutre, na minha tristeza ainda,
De corpo e alma, por entre vasos e capilares,
É o sangue do passado e da esperança
que corre muito ávido em minhas veias
rumo a este meu imenso coração tão varzeano.
MINHA VÁRZEA-RN, MEU AMOR,
AUTOR: JOÃO MARIA LUDUGERO. 

Várzea já nasceu bonita, às margens de um rio chamado Joca. 
Em 20 de dezembro de 1959, 
veio a e emancipação política(Lei de nº 2.586). 
Grandiosa conquista: 
desmembrou-se do município de Goianinha. 
Tornou-se mais uma estrela no mapa do nosso valoroso Rio Grande do Norte. 
Graciosa terra de Ângelo Bezerra, 
de Minervino, de Genésio Coelho, 
de José Anacleto e de tantos outros 
que chegaram primeiro e se banharam nas águas do rio Joca. 
Foi lá que meu avô José Ludugero da Silva 
conheceu dona Dalila Maria da Conceição. 
O lugar era aprazível - Chamaram-lhe de Várzea! 

Que terra ditosa! Cheia de ternura e bênçãos! 
Que amada seara, que dá doces batatas e alvas macaxeiras, além de leite e mel! 
Que torrão de tanta fé verdadeira. 
Acho que Várzea me ensinou a ser um Homem de muita fé! 
Desde criança minha avó me ensinava a rezar 
e a admirar o nosso divino São Pedro Apóstolo.
E eu sempre recordo da vida do domingo daquele lugar. 
Belas tardes no Estádio João Aureliano 
Relembro-me do sino da torre da igreja 
que ouvia tocar, da armação do presépio de Natal 
Da catequese das tardes dos anos da minha infância! 

Lembro-me de dona Maria Orlanda de Seu Nestor, 
De Dona Marina de Seu Minor e seus carneiros bem cuidados. 
Da casa do Seu Walfredo, ali na esquina da Igreja 
De dona Sule, mãe de Dona Wilma Anacleto a fazer seus bolos e seus quindins. 
Lembro-me dos borregos do Seu Nezinho, Pai do Joca e do Quincas. 
Lembro-me de tanta gente inesquecível: 
De Dona Risolita Ferreira, Mãe do Ramos, do Reginaldo (Ré das vaquejadas), Mãe de Rosa, mulher de Humberto de Dona Noilde, Mãe de Sônia, Galego e Paulírio Gomes e Dona Palmira, esposa de Seu Adalberto, o Homem do Arisco dos cajus e das mangas. 
Lembro-me do Seu Olival e de Sua querida dona Penha, pais de Wilma, Willyane e Marcos. 
Lembro-me de Seu Antonio Belo, ferreiro de mão cheia, das brasas, torquês, acendedor de fole, 
Ferros e ferraduras. 
Lembro-me de dona Lídia, de Seu 'Louro', das quatro bocas da rua. 
Lembro-me do Seu Nenê Tomaz, Plácido em sua lucidez tão sublime, 
dizendo da formosura das meninas varzeanas: "Essa menina dá um pitéu!" 
Quanta sabedoria e bondade na vida dessa nossa gente. 
Quantos amigos, quantas famílias, quantos filhos da Várzea,de histórias bem-vividas. 

São Bitas Mulatos, Maricas de Otávio, Ninas, Tidas, Totas, Ticas, Totitas, Anas do Rego,Gabrielas, Maurícios, Antônios, Belos, Duacas, Coelhos, Rodrigues, Pereiras, Virgílios, Pedros, Ocinos, Bentos, Oneides, Jandiras, Zildas, Vilmas, Dezildas, Dalvas, Anacletos, Tomazes, Limas, Carvalhos, Florêncios, Dalilas, Beatrizes, Santinas, Ribeiros, Paulinos,Lulas, Claudinas, Carminhas, Marreiros,Conceições, Júlias, Rosas, Piedades,Palmiras, Julietas, Chicos, Graças, Carmosinas, Cíceros, Severinos, Arletes, Dores, Albanitas, Olivais, Oliveiras, Louros, Cíceros, Glórias, Manos, maninhos, Betos etc, etc, etc. 

Citei apenas alguns nomes. Peço perdão, pois aqui não caberiam todos os lembrados e jamais esquecidos.Páginas vivas da História de Várzea. 
Lembro-me de tanta gente, parece que passa um filme na minha cabeça, 
como um magote de gente em procissão pela cidade. 
São pessoas que, no seu ritmo, dão passos adaptados para realizar desde 
pequenas a grandes coisas, estando a felicidade em cada passo dado, 
em cada momento, em cada reza, em cada novena, não no fim, mas nos passos para se chegar lá. 
Parece ser esse o segredo da felicidade humana: o passo e o ritmo, a razão e a emoção. 
O objetivo: Juntos estarem a fazer a festa na cidade de São Pedro. 
E a vida acordava de mansinho, meu Santo Deus, nestas doces campinas do riacho do mel! 
Benditas terras do Excelentíssimo primeiro prefeito, Pasqualino Gomes Teixeira. 
Benditas águas, terra e ar e céu ... 
Lembre-se: a gente ama, a gente cuida! 

O céu de Várzea é mais azul, 
erguido de nuvens que mais parecem de algodão. Algodão doce? 
O cheiro da terra é como um perfume que se evapora das flores do Maracujá, dos marmeleiros, 
Das flores de algodão em flor. 
Várzea, terra propícia ao cultivo do milho, feijão e mandioca. 
Acorda, Várzea, e mostra em toda a natureza seu encanto! 
Ali há tanta magia que pelo céu flutua, 
sem nunca renegar o pão nosso de cada dia aos filhos teus. 
Realmente: "...Ali, em se plantando, quase tudo dá". 

O ardente coração varzeano bate suave e valente entre os coqueiros, 
Ao vento da manhã de um novo tempo, 
de esperanças novas, de Titos, Quincas, Mandus, Tonhas e Pepedos. 
Vento que enche os pulmões de alegria, de ar puro, 
na certeza de colorir a juventude que brota 
desde a Escola Plácido Tomaz de Lima aos muros, ruas,casas e janelas 
que acordam cheias de graciosas meninas 
E corajosos meninos apanhadores de sonhos e de amores. 
Várzea, doce Várzea, da força da União, do recanto do luar 
Ainda mais doce é o teu matutino orvalho, tuas baladas 
Tuas jovens tranças, tua juventude na praça do encontro 
que reluz sem receio, sem temor pelas praças e escolas. 

Hoje estou distante, 
E pelos 'ais' da minha alma 
dá para ouvir meu lamento (baixinho) 
que passeia pelo cemitério da saudade 
Lembrando de dona Maria de Seu Odilon Soldado 
E de tantas outras pessoas queridas 
que já partiram da Cidade de Várzea, 
para morar num outro paraíso. 
Quando minha voz perder-se, à noite, 
Quando eu derramar a minha alma 
Quero vagar em teus jardins, às margens do rio Joca 
ou nas verdes campinas do Vapor varzeano, 
que o coração melhor perfuma. 
Açude do calango, a lavar meus pés, 
em doce engano quero me banhar. 
Quero derramar em ti a minha alma! 
Só para lembrar de Madrinha Joaninha, 
Só para lembrar da minha estrela D'alva, 
Dona Maria, que no seu seio de Mãe, 
que a noite embala, 
eu, eterno menino deitado no seu colo, 
Pulsando quente e febril com a maior ternura! 
Daquele anjo querido, minha Mãe Maria, 
Que a minha dor de filho ausente lhe revela. 
Várzea, hoje eu morro de saudades! 
E o que me nutre, na minha tristeza ainda, 
De corpo e alma, por entre vasos e capilares, 
É o sangue do passado e da esperança 
que corre muito ávido em minhas veias 
rumo a este meu imenso coração tão varzeano.

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