PÉ NA JACA,
por João Maria Ludugero
A Jaca me dá vontade de comer
A sua polpa ávida me insulta
Atrás da burrinha da felicidade
Eu passo a correr dentro e alto
E a resposta astuta
Disso que eu sinto
Disso que eu vejo,
O que me impulsiona e
Me faz avançar ao sol
Aos solavancos pela Várzea
Em busca de meter o pé na Jaca...
Mas como é que a jaca me entende
A jaca me sacia
A jaca me deixa em viço
A Jaca me espairece as cores do dia
O que parece que vem daqui de dentro
A Jaca sabe me deixa de pé
Na jaca resguardo a minha intenção,
Meu coração se desmantela
E me esfarela as ideias adiante
A Jaca, agora me deixa medonho!
Mas como é que parada daí me alerta
Me faz arteiro menino levado da breca
Me concede caderno e lápis em punho
Me deixa de sentinela ao ponto maduro
No acorde do sonho alvissareiro
Que me dá amor pr’eu fazer!
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