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domingo, 15 de dezembro de 2013

LUDUGERO DESDE QUE ME ENTENDO POR LUDUGERO, por João Maria Ludugero

LUDUGERO DESDE QUE ME ENTENDO POR LUDUGERO,
por João Maria Ludugero

Eu sou Ludugero desde que me entendo por Ludugero.
Não. Não quero nem saber o que a vida quer de mim. 
Não me importa fazer conta disso. 
Quero sim, é saber o que eu quero da vida,
Ganhar o mundo a correr dentro, 
Sem medo da cuca lúcida ou maluca. 
Isso, eu ainda não sei bem. Mas esvoaço a contento,
Porque o que me importa é fazer o que desejo da minha vida. 
E não o contrário. Não quero ser primo da obra, quero ser o artista. 
Quero pintar a minha vida ao meu estilo, 
Depois de tantos sóis, depois de tantas luas,
Deixar a minha marca impressa no tempo. 
Ser o autor da minha história desnuda. 
O compositor de músicas e cantigas 
Que se tornarão trilha sonora desse meu enredo. 
Vou ser o diretor dessa minha peça de teatro. 
Dirigirei cada cena. Comandarei cada ato. 
Contornarei os imprevistos. Improvisarei, caso necessário. 
E no fim darei a essa história um belo final feliz! 
Não quero mais saber de migalhas. Teço o cenário, 
Pois de agora em diante, EU serei o meu destino.

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