FRUTOS DO INTERIOR,
por João Maria Ludugero.
Olá, criatura do interior,
Meu nome na tua boca
A poetizar verdades
Dentre sorrisos e olhares
Bem-me-querendo a entrar pela porta,
Avançar pela boca de beijar à janela
Com açúcar ou mel do riacho de Pasqualino.
Fale-me já sobre algo que não me excite medo da cuca,
Que me exercite os acordes no meio da madrugada
A me elevar o gosto ao céu da boca…
Fazendo todas as estripulias de menino medonho.
Andar, correr dentro da lida em artimanhas
Sem evitar meu nome Ludugero
Por conta da casa do bem-estar,
Deixar-me avançar pela Várzea de Joaninha Mulato,
Acertar o compasso pelo Retiro de Seu Olival,
Apreciar manga-rosa e caldo de cana-caiana,
Com bem-te-vizinhos na varanda,
Mais juntos que individualmente.
Não diga nada além da precisão,
Pois sempre penso muito nas coisas
Até que seja renovado em esperanças;
Provar pra todos que guardo saudades,
Sem carecer de ter que pagar o intento
E bem viver assim pela Várzea a dentro!
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