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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

POESIA NÃO TEM HORA, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POESIA NÃO TEM HORA, 
por João Maria Ludugero.

Escrevo poesia.
Escrevo com a alma
de dentro pra fora
vice-versando,
de fora pra dentro,
vou descobrindo o sabor
das palavras que me vão consentindo
escrever sempre, com afinco,
como um menino arteiro, levado,
que tomou gosto em pegar carona
nas crinas do cavalo-tempo,
contente da lida que só vendo
a tanger as letras, a pintar o arco
do que der na telha, avante na poesia.
Apenas. 
Há tempos escrevinho.
E sei que escreverei mais (e mais...)
Estarei (mesmo que distante)
Ao seu lado. Encantado.
Apenas... Escrevo poesia.
Algo assim como quem acha 
a alma nas coisas simples,
como um amante faz amor sem hora 
nem medo do porvir (que venha!), 
nem da dor se a dor chegar,
sem esperança de curar a dor, 
como faz o poeta a colher o dia, 
a apanhar sonhos, de súbito,
leira a leira, linha a linha, 
sem parar de se criar em versos. 
Escrever pra mim é mesmo sina. 
É riqueza. 
Apenas.

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