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domingo, 4 de abril de 2010

EU NÃO ME RENDO AO DESAFIO


eu teço meus poemas
eu tenho meu tear, 
tenho minha vida,
ela trama minhas rendas
ela se borda em palavras
eu transbordo sentimento
eu adentro corações e mentes


versejo e não me calo no peito
tenho minhas mãos calejadas 
meus fardos, minhas pedras 
mas canto minha música
mesmo sem saber cantar
invento passos de dança 
e danço no silêncio, 
rodopio ruas e avenidas

eu traço o movimento
eu me curvo, lanço-me no espaço 
só para ganhar teu abraço,
cair na tua mão, sem medo
agarro-me solto 
e ela livre me conduz 
sem embaraços


piso nos teus pés, 
deixo-me levar no desafio
no compasso dessa dança
tuas pernas me enlevam;
e as minhas pra que as quero,
senão para aprender teu passo
e dar a volta no mundo?


Eu giro, divago 
bem sei que devagar 
se vai ao longe, e chego
nessa ciranda do  tempo
que me resta, de súbito,
percorro nossos sonhos


feito de prendas,  
meadas e finos tecidos
de rendas, vestes e fios
quando em seu ofício
de bailar no azul, 
vivo a dançar, dançar
sob o som dos nossos acordes

mesmo depois de findo, 
o poema não se finda 
e assim se veste de prendas,
reveste-se com versos
tingidos de um verde novo 
em vários exercícios
de renovadas esperanças


autor: João Ludugero.

2 comentários:

  1. Parabéns, pelo Blog, de muito bom gosto sua poesia.
    Continue assim, levando a alma da gente a esse mar de belas e simples palavras transformadas em versos que falam ao coração de quem ama poesia. Eu adoro!
    att,
    Janilza Martins de Mello - Asa Sul- BSB/DF.

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  2. Parabéns adorei seu jogo de emoções!!!

    abraços JAG BSB DF

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