eu teço meus poemas
eu tenho meu tear,
tenho minha vida,
ela trama minhas rendas
tenho minha vida,
ela trama minhas rendas
ela se borda em palavras
eu transbordo sentimento
eu adentro corações e mentes
versejo e não me calo no peito
eu adentro corações e mentes
versejo e não me calo no peito
tenho minhas mãos calejadas
meus fardos, minhas pedras
mas canto minha música
mesmo sem saber cantar
invento passos de dança
meus fardos, minhas pedras
mas canto minha música
mesmo sem saber cantar
invento passos de dança
e danço no silêncio,
rodopio ruas e avenidas
rodopio ruas e avenidas
eu traço o movimento
eu me curvo, lanço-me no espaço
só para ganhar teu abraço,
cair na tua mão, sem medo
agarro-me solto
e ela livre me conduz
sem embaraços
agarro-me solto
e ela livre me conduz
sem embaraços
piso nos teus pés,
deixo-me levar no desafio
no compasso dessa dança
tuas pernas me enlevam;
e as minhas pra que as quero,
senão para aprender teu passo
e dar a volta no mundo?
Eu giro, divago
bem sei que devagar
se vai ao longe, e chego
nessa ciranda do tempo
que me resta, de súbito,
percorro nossos sonhos
feito de prendas,
meadas e finos tecidos
de rendas, vestes e fios
quando em seu ofício
de bailar no azul,
vivo a dançar, dançar
vivo a dançar, dançar
sob o som dos nossos acordes
mesmo depois de findo,
o poema não se finda
o poema não se finda
e assim se veste de prendas,
reveste-se com versos
tingidos de um verde novo
em vários exercícios
em vários exercícios
de renovadas esperanças
autor: João Ludugero.
Parabéns, pelo Blog, de muito bom gosto sua poesia.
ResponderExcluirContinue assim, levando a alma da gente a esse mar de belas e simples palavras transformadas em versos que falam ao coração de quem ama poesia. Eu adoro!
att,
Janilza Martins de Mello - Asa Sul- BSB/DF.
Parabéns adorei seu jogo de emoções!!!
ResponderExcluirabraços JAG BSB DF