autor: João Ludugero
Dona Dalva,
com seu maternal carinho
deu-me a vida,
deu-me agasalho e calor
desde o colostro
desde cedo me deu colo
quando chorei no seu peito
porque o leite empedrou
mas mesmo assim
ela me deu um coração
que não é de pedra
apesar de parecer feito de granito,
de às vezes, parecer pedra comum,
de às vezes, parecer pedra comum,
paralelepípedo
meu coração se derrama
ele se derrete todo, inflama
poderia ser diferente lava de vulcão
poderia ser diferente lava de vulcão
ser um coração tipo rocha ardente,
magma que o tempo esfriou por fora
mas a vida me fez assim
pedra solta, seixo
pedrinha dura, de arestas aparadas
pedra que ficou assim de tanto rolar
na correnteza do rio
pedra polida pela força
oriunda das águas
pedra sem a pretensa forma
ou a dureza do diamante
que coberta de limo,
simplesmente é pedra lapidada
que diferentemente do geral
traçou-me um pitoresco destino
simplesmente é pedra lapidada
que diferentemente do geral
traçou-me um pitoresco destino
solta, à beira do caminho
pedra atirada ao vento inusitado
pedra base do interessante castelo
que ainda alicerça meu curioso sonho
sonho que não virou pó, poeira
de um sonhador que ainda sonha
porque o amor ainda está aqui
porque o amor ainda está aqui
e não se desmanchou em mim
que também sou feito de sonhos
Você é um poeta nato!!!
ResponderExcluirAs tuas palavras emocionam os mais leigos, pois que elas são delicadas e cheias de amor.
Sinto saudades de vc, meu Amigo!!! Muitas!!!