autor: João Ludugero
Porque um amor de verdade
tem que ser grande?
pensando bem,
pesando o amor
o valor do amor, como o dia
um amor de verdade
não tem que ser grande,
um amor de verdade
não tem que ser grande,
nunca é de assombrar
amor de durar é calmo, discreto
tranqüilo como um açude
um riacho a escorrer na Várzea.
tranqüilo como um açude
um riacho a escorrer na Várzea.
nos aquieta a alma, o espírito
um grande amor prenuncia
um coração na cruz
um coração na cruz
um altar de grandes tragédias,
desastres fatais
desastres fatais
paixão com términos,
dolorosos
ao passo que um amor
de verdade não é só de flores
não exige rosas no começo,
versos e poemas para exaltar.
nem pede socorro aos mui amigos,
divãs de analistas ou aconselhamentos
não exige rosas no começo,
versos e poemas para exaltar.
nem pede socorro aos mui amigos,
divãs de analistas ou aconselhamentos
visto que um amor de durar é assim
só pede a paz dos dias
de todos os dias,
do acordar de manhã
à paz que antecede o lusco-fusco
só pede a paz dos dias
de todos os dias,
do acordar de manhã
à paz que antecede o lusco-fusco
esperando a lua chegar
com o anoitecer
as horas de tempestades, estas
perdem-se tristes a qualquer hora
esvaem-se no mormaço das tardes.
perdem-se tristes a qualquer hora
esvaem-se no mormaço das tardes.
e a noite é parceira
da paz renascente
da paz renascente
e a gente nunca fica só,
mesmo estando a sós,
porque a paz acontece e dura
numa eternidade
num instante do dia,
porque o amor é o bastante
sem precisar ser gigante
nem assombrar... é só!
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