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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

VÁRZEA-RN: UM MAGOTE DE SAUDADES, por João Maria Ludugero

  
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÁRZEA-RN: UM MAGOTE DE SAUDADES,
por João Maria Ludugero

Não sou capaz de esquecer de Várzea,
Nem reduzi-la à penumbra das cinzas
E ir-me ao Vapor de Zuquinha
Sem medo de renovar esperanças,
Cantalorando velhas melodias agrestes
Como aquela do destemido vaqueiro dos Ariscos,
Canção extraída dos tempos de outrora
Em que Maria Orlanda plantava dobrados hibiscos-rosas
Bem lá no canteiro central da nossa querida rua Grande,
Quando um magote de meninos levados da breca
Perambulava pelas bermas da lida direto ao sítio de Zé Canindé
Ou pelos caminhos poeirentos do estio dos Seixos,
Pelas quatro bocas que levavam à praça do Encontro
Onde as meninas pretendiam tocar os coraçãos astutos
Dos meninos medonhos espairecidos feito bem-te-vizinhos
A revoar e dançar no Recanto do Luar de Raimundo Bento.

Agora coberto por uma saudade daquelas
De estampas e coloridos iridescentes ao léu,
Em um recanto das Águas Claras de Brasília,
Com a mesma cantiga aquela no ouvido em tela,
Que vou fazer agora sem as flores do jasmim-manga?!
Cruzando os braços sobre o parapeito de uma estação
Na janela com toda a obliquidade da luz candanga
Disposta nos meus atrevidos e nostálgicos olhos d'água...






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