CONTENTAMENTO,
joão Maria Ludugero
Manhã de domingo, ensolarada,
Dia de paz, de flores, de jardinagem,
Vou, contente, dar um trato nos canteiros,
Cuidar dos hibiscos, dos vasos na varanda...
Virão comigo a correr dentro e alto, assim,
O amar-elo em cores depois de tantos sóis,
Pelas bermas das onze-horas e do vento,
Borboletas, louva-deuses e eufóricos colibris,
Embalados ao cantar dos bem-te-vizinhos astutos,
Emoldurados e cheios do azul do firmamento...
Vou regar a fascinante alamanda dourada,
Tornar minha casa caiada tão multicolorida,
Deliciosa, perfumada de jasmim-manga e lavanda...
E após essa jornada tão reflorida de ávidos ânimos,
Deitaremos numa rede no alpendre ao bem-estar,
Amor tecendo as dores sem esquecer das estrelas
Na cadência dos palpites entristecidos ao léu,
Depois de assanhar até os pelos da venta...
Ganhar o mundo a partir do vão das quatro bocas,
Com toda alegria e coragem, sem medo da cuca!
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