ADEUS, ALDENIRA!
por João Maria Ludugero
Com tua presença, havia sorriso em toda Várzea,
Na sala-de-estar jogava com muitos risos
As flores das mãos a partir do alpendre,
Dentro da tarde amena que ainda me nina
Desde o oitão até à varanda da casa caiada.
Lusco-ofuscou-se o laranja do crepúsculo,
Anoiteceu novamente o clarão do dia
Que se despontava além do horizonte
Ainda a preservar os risos constantes
E toda a estripulia erguida nas mãos
Daquela menina astuta levada da breca.
Mais tarde soava um adeus,
Quando estavas acostumada a dizer até mais.
Pouco tempo se passou e a penumbra
Despencou-se ao dia…
Bem-te-vis voavam sobre a casa
Desde o pé de graviola,
Dentre o sorriso de antes…
E ainda tinhas um clarão nas mãos,
Mas sozinha disse repentino adeus,
Quando pássaros verdes esvoaçavam
Anuciando sua partida ao céu de São Pedro Apóstolo,
A nos deixar de coração partido,
Todo mundo cheio de saudades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário