ETERNA ESTRELA DALVA,
por João Maria Ludugero
Bem sei na lida astuta
que não há princípio nem fim
na eterna diáspora
das estrelas cadentes,
tresloucadas ao léu
deslocando-se desvairadas
aos confins do firmamento,
cheias do vasto azul do céu
a lusco-ofuscar a lágrima que cai
nos meus olhos d’água
marejados de saudades!
O tempo não existe
para a estrela Dalva,
mas ela aparece de sentinela,
desde o alaranjar da tarde amena
e, só de vê-la, alvoreço e vespertino e a mente,
sem medo da cuca maluca, assanho e arrepio
até mesmo os pelos da venta!
Dia-após-dia, sem sombra e destino,
também vagarei, a contento, sem demora, com afinco,
pela singela beleza dos canteiros do jasmim-manga em flor,
hei de seguir a mesma rota da estrela alvorecida,
pelo interior das manhosas manhãs em acordes de sonhos
espairecidos a caminho da minha Várzea das Acácias!
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