ALDENIRA, PRA SEMPRE!
por João Maria Ludugero.
Já não se encantarão os meus acordes de sonhos,
Já não se adoçará junto a ti o meu familiar riacho do mel.
Mas aonde quer que eu vá, levarei a tua candura de Maracujá
E para o azul aonde esvoaçares, não levarás a minha infinita dor.
Sou teu irmão, foste minha bonita e meiga maninha Aldenira.
O que mais? Juntos andamos além das quatro bocas da lida
tecendo uma vasta curva na rota por onde o amor passou.
Sou teu mano, foste e serás pra sempre minha querida maninha.
Tu ficarás para sempre no nicho do meu coração tão varzeano
E daqueles que lavrem na tua seara o que semeei dia-após-dia.
Foste embora. Estou triste: mas sempre estarei contigo no interior.
Venho da tua Várzea das Acácias. Ora não sei para onde avanço.
Porque do teu astuto coração me disseste um afoito adeus,
Oh, cândida menina levada da breca, sem medo da cuca...
E eu lhe digo adeus, num abraço bem apertado, nostálgico,
Mas sem inteirar meu coração partido...
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