AUTO-RETRATO: SENHA INTERIOR DO RELICÁRIO
DO POETA DA VÁRZEA DAS ACÁCIAS - JOÃO MARIA LUDUGERO.
O menino maduro João Maria Ludugero ao compor e escrever seus versos vivencia a si mesmo, seus pensamentos e ideias consentidas dentro do vão da lida como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua inspiradora consciência.
E esse relicário é uma espécie de cela dessas que nos restringem a desejos pessoais, conceitos e ao afeto por entes mais próximos. Sua tarefa básica é a de se livrar dessa prisão, ampliando o seu círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza sem cancelas ou estranhos nichos.
Ninguém conseguirá alcançar inteiramente esse objetivo,
mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa renovada esperança interior, arraigado ao mote do enlevo de não ser cabotino. João Maria Ludugero é um eterno e sincero menino disposto ao limbo da literatura que ele esbanja com o escopo de não ter medo da cuca e, no entanto, caso seja esmorecido na lavra de seus poemas, é capaz de se levantar dentro e alto, depois de assanhar até os pelos da venta!
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