SOB OS CARREGOS DA VARZEANIDADE,
por João Maria Ludugero
Ó Várzea, ó Várzea, ó Várzea!
Varzeamo pelas quatro-bocas
E sob os acordes do alvorecer
Em sonhos que a vida preserva!
Descubro pelo vão dessas horas, o menino João maduro Ludugero,
Afoito e tão levado da breca, sincero, sem medo da cuca esbaforida,
Ao encontrar-me sob a verde algarobeira da praça Cleberval Florêncio,
Entretido me achego de presente e repasso a limpo meu distinto lugar,
Meu possante elo feito de letras pelo ávido vão das lembranças vividas...
Daí, minha alma solavanca-me num galope que me eleva astuto, contente,
A andar, a correr dentro e a voar alto além do horizonte da Várzea de São Pedro Apóstolo, abençoada seara potiguar de Mãe Claudina, de Madrinha Joaninha Mulato, de Santina de Ocino, de Seu Geraldo 'Bita' Anacleto de Souza, de Zidora Paulino, de Plácido 'Nenê' Tomaz de Lima, de dona Suzéu, de Carmozina, de Elina de Pinga-Fogo, de Maria de Franco, de Oneide Maurício, de Rosália Fernandes e do Seu Cirineu Gomes do Rego.
A partir daí, amorteço as dores da saudade que dispara no meu peito e Chega a transbordar pelos meus olhos d'água, sem meter ou largar a mão, Sem carecer de ser cabotino, mas se preciso for, eu me animo e chego de Vez, sem sombra de dúvidas, a assanhar até mesmo os pelos da venta!!!
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