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sábado, 7 de fevereiro de 2015

O MAIS DESTEMIDO TÔ-FRACO, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O MAIS DESTEMIDO TÔ-FRACO,
por João Maria Ludugero.


Minha alma de menino João maduro
Fica a correr dentro da tarde amena que me nina:
Arteiro Ludugero, astuto e levado da breca,
Sou um sol de alvorada a pintar um cenário,
Lá aonde eu sou um cantigueiro bem-te-vizinho,
Assanhado a voar alto pela seara de Ângelo Bezerra...

Por vezes, minha alma é como um arrebol radiante e aceso,
Inundada de contagiante alegria, apesar do estio do agreste...
Por vezes, ela é feita pôr-do-sol a lusco-fuscar a cuca esbaforida,
Contente e repleta de furdúncio a me assanhar até os pelos da venta,
Tão bem apanhada na lida feito guiné ou galinha d'Angola em destemido
Tô-fraco, a esvoaçar além das mil e umas multicoloridas onze-horas em
Flor.

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