O ELO DA VARZEANIDADE PLENA,
por João Maria Ludugero
VARZEAMAR: O AMOR QUE ACENDE A VÁRZEA
DE DONA ROSA DE SEU ANTÔNIO VENTINHA,
A ANDAR, A CORRER DENTRO E VOAR ALTO,
SEM MEDO DA CUCA ESBAFORIDA...
MAS SE PRECISO FOR, SEM DÚVIDA NENHUMA,
SOU MESMO DE ASSANHAR
ATÉ OS PELOS DA VENTA,
NÃO SÓ DE MANJAR NA LIDA DE PAPA-JERIMUM,
NÃO DESANDO PELO RIACHO DO MEL,
NÃO ESMOREÇO NA BEIRA DO AÇUDE DO CALANGO,
NÃO ESCORREGO NO LAJEDO VERDE-MUSGO DO TEMPO
PELA SEARA DOS SEIXOS DE DONA SANTINA
NEM ME ENTRISTEÇO AOS BANHAR TODA ALMA
SEM ARREDAR A SAUDADE QUE ARDE NO PEITO,
ASSIM A TRANSBORDAR MEUS OLHOS D'ÁGUA
AO COLHER UM CAÇUÁ DE CAJÁS, JACAS, CAJUS,
CASTANHAS E MANGAS ROSAS, BACURIS E ESPADAS
EM PLENO CARREGO PELOS ARISCOS DE VIRGÍLIO PEDRO,
PELO SÍTIO DO MARACUJÁ DAS PITANGAS E DOS CAJÁS-MANGAS,
PELO ITAPACURÁ DAS MACAXEIRAS E DAS PITOMBAS,
PELO UMBU DAS CANAS-CAIANAS E CURIMBATÓRIAS,
PELAS FORMAS DAS ANTIGAS E RENOVADAS ESPERANÇAS,
DESDE A CASA-DE-FARINHA DE DONA TONHA DE PEPEDO
SEM ESQUECER DAS TAPIOCAS, BEIJUS, GRUDES DE GOMA,
COCADAS, RAIVAS, SEQUILHOS, CARRAPICHOS E BOLOS-PRETOS
TÃO BEM FEITOS NA COZINHA DE DONA ZIDORA PAULINO,
E, ATÉ NOS DIAS DE HOJE, PERMANECEM NO BOM-GOSTO
BEM APANHADO NOS ALGUIDARES, PILÕES E MOINHOS
DA ASTUCIOSA MARINAM DE LICA DE CHIQUINHA DE LEOPOLDO,
OU DAS COALHADAS, NATAS E QUEIJOS LÁ DO SÍTIO DE SEU TIDA.
NEM CAREÇO DE SER CABOTINO, AO ESCREVER MEUS VERSOS,
PROSSIGO NA PELEJA DE QUEBRAR O POTE,
REALIZANDO SEM ALARIDO, DIA-APÓS-DIA,
SEM TEMER AO ESTIO DO AGRESTE DE ÂNGELO BEZERRA,
SOU ASTUTO CABRA-DA-PESTE, POETA LEVADO DA BRECA
E SIGO CONTENTE MENINO JOÃO MADURO LUDUGERO,
TÃO ESFUZIANTE NA EUFORIA DE AUTENTICAR DE VEZ
UM VASTO BORNAL DE TANTAS ILUSÕES IRIDESCENTES,
TRAZENDO À TONA, DE FATO, O ELO REAL DA FANTASIA
QUE ME NINA AO ARREBOL DA TARDE AMENA VARZEANA.
A ANDAR, A CORRER DENTRO E VOAR ALTO,
SEM MEDO DA CUCA ESBAFORIDA...
MAS SE PRECISO FOR, SEM DÚVIDA NENHUMA,
SOU MESMO DE ASSANHAR
ATÉ OS PELOS DA VENTA,
NÃO SÓ DE MANJAR NA LIDA DE PAPA-JERIMUM,
NÃO DESANDO PELO RIACHO DO MEL,
NÃO ESMOREÇO NA BEIRA DO AÇUDE DO CALANGO,
NÃO ESCORREGO NO LAJEDO VERDE-MUSGO DO TEMPO
PELA SEARA DOS SEIXOS DE DONA SANTINA
NEM ME ENTRISTEÇO AOS BANHAR TODA ALMA
SEM ARREDAR A SAUDADE QUE ARDE NO PEITO,
ASSIM A TRANSBORDAR MEUS OLHOS D'ÁGUA
AO COLHER UM CAÇUÁ DE CAJÁS, JACAS, CAJUS,
CASTANHAS E MANGAS ROSAS, BACURIS E ESPADAS
EM PLENO CARREGO PELOS ARISCOS DE VIRGÍLIO PEDRO,
PELO SÍTIO DO MARACUJÁ DAS PITANGAS E DOS CAJÁS-MANGAS,
PELO ITAPACURÁ DAS MACAXEIRAS E DAS PITOMBAS,
PELO UMBU DAS CANAS-CAIANAS E CURIMBATÓRIAS,
PELAS FORMAS DAS ANTIGAS E RENOVADAS ESPERANÇAS,
DESDE A CASA-DE-FARINHA DE DONA TONHA DE PEPEDO
SEM ESQUECER DAS TAPIOCAS, BEIJUS, GRUDES DE GOMA,
COCADAS, RAIVAS, SEQUILHOS, CARRAPICHOS E BOLOS-PRETOS
TÃO BEM FEITOS NA COZINHA DE DONA ZIDORA PAULINO,
E, ATÉ NOS DIAS DE HOJE, PERMANECEM NO BOM-GOSTO
BEM APANHADO NOS ALGUIDARES, PILÕES E MOINHOS
DA ASTUCIOSA MARINAM DE LICA DE CHIQUINHA DE LEOPOLDO,
OU DAS COALHADAS, NATAS E QUEIJOS LÁ DO SÍTIO DE SEU TIDA.
NEM CAREÇO DE SER CABOTINO, AO ESCREVER MEUS VERSOS,
PROSSIGO NA PELEJA DE QUEBRAR O POTE,
REALIZANDO SEM ALARIDO, DIA-APÓS-DIA,
SEM TEMER AO ESTIO DO AGRESTE DE ÂNGELO BEZERRA,
SOU ASTUTO CABRA-DA-PESTE, POETA LEVADO DA BRECA
E SIGO CONTENTE MENINO JOÃO MADURO LUDUGERO,
TÃO ESFUZIANTE NA EUFORIA DE AUTENTICAR DE VEZ
UM VASTO BORNAL DE TANTAS ILUSÕES IRIDESCENTES,
TRAZENDO À TONA, DE FATO, O ELO REAL DA FANTASIA
QUE ME NINA AO ARREBOL DA TARDE AMENA VARZEANA.
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