A CORRER DENTRO DA MAIS PURA VARZEANIDADE,
por João Maria Ludugero
Saudoso poeta da Várzea,
Saudoso trovador que se estrela
Ao contemplar a estrela Dalva,
Ao se completar arteiro e levado da breca,
A se reinventar num astuto olhar bem-te-vizinho
A se ninar dentro e alto pelo interior da Várzea dos Caicos,
Aonde eram longas as festanças de São Pedro Apóstolo,
As peles não tinham cor, mas eram iridescentes ao Vapor
Os cabelos se encaracolavam ao vento do sítio do Maracujá,
Terna seara dos cajás-mangas, tamarindos, umbus, cajus, pitangas,
Ao se elevar em acordes de sonhos, sem medo da cuca esbaforida,
Dentro da tarde amena ao arrebol lusco-fuscando ávidas astúcias
nas almas que desabrochavam em flores além das quatro-bocas...
Os perfumes sem nome aromatizavam as varandas
Onde todas as meninas se espaireciam contentes na lida,
Antes deles alvorecidas, mas depois repletas
A se arder nas pupilas sob a visão alaranjada
Do mulungu em flor solta à toda varzeanidade...
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