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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

NUNCA FUI SANTO, GRAÇAS A DEUS!


Eu sei, à toda evidência, 
que nunca fui santo
tampouco almejo ser anjo,
se para tanto tiver que comer 
o pão que o diabo amassa,
não sei se quero ir pro céu,
apesar de gostar tanto de azul.
Mas o que mais me apraz
é arder, é queimar, de certo, 
é crescer rutilante ao sol...
Quero mais é continuar a dançar,
roubar a cena, esconjurar o tédio,
puxar as barbas de Deus, com graça.
Aprecio pois essa ideia brilhante 
de incendiar a alma, a contento, 
fosforescer sem pavio, fazer a festa, 
plena e escancaradamente,
de gozar essas coisas raras 
que flamejam intensas, arteiras, 
traquinas, dentro e fora do purgatório. 
Mais dentro.

3 comentários:

  1. AFF! Agora foi intenso demais. Forte e direto, no amago da alma, fundo mesmo...dentro!
    Adorei!

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  2. Caro poeta Ludugero,
    Seu texto é primoroso, corajoso, intenso, amigo. Adorei.
    Falou de coisas que sinto e que penso!! Verdadeiro.
    Parabéns!!
    Beijos!!
    Eunice Lobato Nunes

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  3. Comentário de Bruno Gaspari,
    da Casa da Poesia:
    Oi João! Gostei muito dessa poesia,
    da liberdade exposta nos versos, parabéns!
    Sempre bom te ler, abraço!
    Bruno

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