que nunca fui santo
tampouco almejo ser anjo,
se para tanto tiver que comer
o pão que o diabo amassa,
não sei se quero ir pro céu,
apesar de gostar tanto de azul.
Mas o que mais me apraz
é arder, é queimar, de certo,
é crescer rutilante ao sol...
Quero mais é continuar a dançar,
roubar a cena, esconjurar o tédio,
puxar as barbas de Deus, com graça.
Aprecio pois essa ideia brilhante
de incendiar a alma, a contento,
fosforescer sem pavio, fazer a festa,
plena e escancaradamente,
de gozar essas coisas raras
que flamejam intensas, arteiras,
traquinas, dentro e fora do purgatório.
Mais dentro.
AFF! Agora foi intenso demais. Forte e direto, no amago da alma, fundo mesmo...dentro!
ResponderExcluirAdorei!
Caro poeta Ludugero,
ResponderExcluirSeu texto é primoroso, corajoso, intenso, amigo. Adorei.
Falou de coisas que sinto e que penso!! Verdadeiro.
Parabéns!!
Beijos!!
Eunice Lobato Nunes
Comentário de Bruno Gaspari,
ResponderExcluirda Casa da Poesia:
Oi João! Gostei muito dessa poesia,
da liberdade exposta nos versos, parabéns!
Sempre bom te ler, abraço!
Bruno