Já, queiras ou não queiras,
chega o dia em que,
de mole, a jaca acaba caindo
de mole, a jaca acaba caindo
bem aos pés da gente,
se espatifa toda: plaft!
E é bago pra todos os lados,
e é caroço pra todas as bandas.
Jaca mole, jaca dura,
Jaca madurinha no pé,
suspensa, vista pelo menino,
esperando boca que a queira,
ganhando sua cor verde vã.
Saca o moleque, à beira do rio Joca,
preferindo talvez cajá-manga,
faca amolada com esmero no lajedo.
E o visgo da fruta a desafiar suas mãos.
Desconfiado, ele já cheira cá e acolá:
do pé à mão, da mão às narinas
alegra-se o menino traquinas e, já
e cá, grava no quengo uma ideia
de usar a tal cola para dar maior atrito
e melhor aderência na subida
do escorregadio pau-de-sebo.
O aroma da fruta que examina é tão doce
que o leva na manhã de domingo
à feirinha-livre da Várzea
para a jaca cumprir sua sina ao se achar
e se perder entre balaios de pitombas,
jacás de cajus, laranjas-cravos, graviolas
e outros aromas da terra de Seu Nezinho.
Olá Ludugero!
ResponderExcluirTá lindo seu Blog!
Ah como adorei ler "Tempo de Jaca" Lembrei de minha infência, onde eu ficava com as mão todas grudentas do visgo da jaca mole e saboreava com prazer, depois minha mãe tinha que passar querozene pra tirar o visgo e naturalmente lavava com sabonete cheiroso. Linda poesia! Parabéns pelo blog. Um abração da Rose Arouck
Obrigado, Rose pela visita e pelas palavras carinhosas. Volte sempre, sinta-se em casa!
ExcluirAbração,
João Ludugero.
Obrigado, Rose pela visita e pelas palavras carinhosas. Volte sempre, sinta-se em casa!
ExcluirAbração,
João Ludugero.