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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

ATÉ QUANDO DURMO EU FAÇO VERSOS

ATÉ QUANDO DURMO EU FAÇO VERSOS


Autor: João Maria Ludugero.


Da vida, bem sei o que quero
Sei do que gosto
E do que desgosto,
Sei o que me dá gosto
de viver a vida.

Eu sou humano, de carne e osso,
Eu corro e canso, eu acerto.
Talvez até canso em um canto
Mas do teu encanto não me canso
Não me dá cansaço nem enfado
nesse passeio feliz
No teu bosque de lembranças.

Com toda certeza, eu também erro
Eu não morro no teu manso carinho
Eu acordo junto com a coragem aflorada
Em meus poros, veias e capilares.
Se precisar, eu grito, eu berro.

Eu sigo adubando o teu solo,
Sou guardião deste mundo
Eu respeito a tua natureza
Eu me enramo em tua roça,
Eu me enrosco em tuas ramas,
Sou capitão da minha saudade.

Eu persigo um certo Vapor vital,
Que hoje me faz falta.
Eu não me arretiro e durmo,
Desperto e durmo, em claro
Sonho e durmo, acordado,
Desejo e durmo, não exausto,
Sofro e durmo, não desisto.
Conquisto e durmo, aos murros,
Levo foras e durmo, paciente,
Amo e durmo, simplesmente.

Quando as coisas não caminham muito bem,
Eu rezo e durmo, Várzea a dentro,
Quando as coisas estão ótimas,
Eu agradeço, rezo e durmo, de certo.

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