autor: João Ludugero
e aquelas palavras minhas,
assim feito sementes jogadas ao chão
brotaram ávidas de esperanças novas
assim feito sementes jogadas ao chão
brotaram ávidas de esperanças novas
e o solo da vargem se encheu de verde
soterrando a tristeza do estio
meus versos plantaram ali palavras-desejo
dessas que proliferam alegria aos tufos,
após a travessia de instantes sombrios
quando mostram a cara feliz
quando mostram a cara feliz
da burrinha da felicidade
que sempre chega à vereda
do pretendido destino
no fundo daquela vargem,
da velha vargem,
quase arrastada pela enxurrada
da velha vargem,
quase arrastada pela enxurrada
quase se esvaindo pelos bueiros
pelas cercas, esteios
e seios,
resta uma flor
a flor que vingou
e seios,
resta uma flor
a flor que vingou
e enfrenta toda corrente salobra
da saudade que escorre
no leito do rio Joca
que das tuas lágrimas debulhadas
dos teus vertentes veios,
venhas brotar em sementes
dos teus vertentes veios,
venhas brotar em sementes
de amor que não morre nunca
e que a partir dos meus olhos ermos
eu pinte um quadro
do mais lindo cartão postal
da minha Várzea das Acácias,
da minha Várzea das Acácias,
tingindo de azul a matriz de São Pedro,
duas palmeiras e um tempo bom
tempo do sorriso mais que perfeito
da paz verdadeira,
tudo estampado
no vestido azul de algodão
de dona Maria de seu Odilon,
com seu maternal carinho!
com seu maternal carinho!
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