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quarta-feira, 5 de maio de 2010

A COR DO PARAÍSO

autor: João Ludugero

meu anjo azul
meu pássaro azul,
meu olhar adora sentir 
o azul do teu olhar,
mergulhar sem medo 
no azul piscina do teu éden

tua asa me faz viajar
contigo atravesso as fronteiras
do impossível e,
só tu, como ninguém mais sabes
ler-me a alma, 
silenciosamente
ler-me a mão e enxergar 
que vai longe a linha 
da minha existência
 
que juntos ainda iremos 
rir meu riso, chorar meu pranto
tu, meu anjo, na terra e no céu azul
seja na chuva ou no estio,
desabafas tuas dores,
enfrentas leões e,
como pedra a cantar no rio,
espantas com toda força
todas as sombras
todas as sombras,
toda e quaisquer sombras

nunca te esqueças,
tens na alma a realeza 
e a beleza doce doce
de um lago calmo
de um lago calmo
de um lago calmo

acredite,
onde eu estiver 
onde o destino possa me levar,
não ficarás ao relento da solidão,
pois terás em ti a essência da vida
respire-a fundo
e na velocidade do pensamento
sem contar o tempo, 
seja dia ou noite,
sorria,
sonhe,
acorde 
e viva plenamente 
a essência do alecrim
que exala do teu sorriso,
meu anjo azul que me dá sorte,
anjo que veio pintar o arco
dando mais cor 

ao varzeano paraíso
agreste que só existe no interior
do meu amado Rio Grande do Norte 

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