autor: João Ludugero
Quem foi que disse
que espero ser sol,
a te iluminar à distância,
já decidi: quero isso não!
quem pensa que quero viver longe de ti
feito a lua que se contenta
apenas com o clarão solar?
oh, serena lua, peço desculpas,
perdoa-me por pensar assim,
tu que é amante de todo poeta
senhora que faz a chuva de prata
toda se derramar
nas águas da paixão
lua que aparece em altas horas
para banhar a solidão da rua
que assola meu peito
que mais parece rua deserta
portanto, venha, oh, lua,
eu imploro, com todas as letras
peço-te, devolvas-me depressa o coração
que foi levado pra longe de mim,
achando que era somente pro meu bem
ora, ora, vejam só,
por São Jorge em seu cavalo branco
não me interessa transplante
eu careço isto sim, de fato,
do mesmo coração de antes!
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