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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ENCANTADO

Que príncipe que nada!
Prefiro ser sapo-rei
ao alcance da tua mão!
Já que beijar não convém,
fico de sapinho a coaxar 
grudado em tua boca ávida
mais perto da festa no céu.
Estou dentro do alto,
e, mesmo sem asas,
tu me carregas sempre
na bagagem do voo.
Eu me contento, persisto,
bem-estou bem cuidado.
Não reclamo, estou bem nutrido.
Longe dos olhos grandes dos curiosos,
a gente bem que goza da vida.
Sou mais que um bichinho
de estimação e, atento,
aceito ser teu anfíbio,
até que a lida venha
e com seu inesperado condão
nos quebre o encanto!

2 comentários:

  1. É a rotina da vida é a grande destruidora de amores! Belo poema!
    Abraço, Célia.

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  2. INfelicidade é uma questão de prefixo.
    (INdecência e INdisciplina também).
    Sua poesia é demais!
    Abraço,
    José Ranulfo Bentes

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