os alunos se prendem às travas
dos olhos tristes da penumbra,
se no branco do olhar se fecham
na ciliar cortina imposta,
se há vergonha na fuga em desenho
do que estava escrito em rascunhos,
se se escondem na mente sóbria
dentre as entrelinhas
das novas ideias em riste
com medo de abrir mão
das velhas bulas e dos catálogos,
como então mudar o quadro-negro
do que hão de buscar no futuro que ora lateja
e se aflora além da retina a olhos vistos?
Eu só não quero me esquecer do ensinamento
de que não vim ao mundo a recreio
e eu mesmo traço meus acordados croquis
e sinto que as palavras têm a potestade
de mover a tela de ponta à cabeça,
podendo tomar o lugar-comum
das borrachas cretinas de ocasião
que mais borram que apagam as tintas.
Apesar delas, não me desaponto,
eu as encaro, creio, invento e crio.
Como educadora adorei! Sensacional! Como os mestres e os quadros negros usurparam inúmeras criatividades de nossos educandos! Parabéns!
ResponderExcluirAbraço, Célia.
Aprender a escrever a própria vida, eis a questão.
ResponderExcluirAbraços
Diga ai menino arretado... Vim te convidar a participar das brincadeiras pelo aniversário de 2 anos de renascimento da minha Ilha. O convite está acima das postagens e basta dá um clic que serás levado a festa. Temos 2 brincadeiras e a grande festa dia 13 de fevereiro. Te espero lá. Beijos no coração ♥ ♥ ♥ saudades viu?
ResponderExcluirJandir Ferrari Moreno disse:
ResponderExcluirVivendo e aprendendo na escola da lida. E a vida o que é, diga lá meu irmão? Estamos na escola e não vamos deixar o caderno com as páginas passarem em branco. Assim é que escrevemos a nossa história de vida. Belo texto. És um grande poeta, ó menino das letras benditas! Abraços,
Jandir Ferrari Moreno,
Escritor.
Abençoado poeta João Ludugero! Tu vais longe com tuas letras repletas de sentimento e poesia. És único! Parabéns! Aplausos.
ResponderExcluirVanda Cristina Mourão
Fátima Luchesi Cantárida Lenzi disse:
ResponderExcluirMenino de Deus!
Quanta poesia linda por aqui.
Dá gosto visitar teu blog.
Que maravilha é poder te seguir.
Beijos,
Fátima Luchesi Cantárida Lenzi
Lola Di Sampietro Morales disse:
ResponderExcluirAmo muito tudo isso. Pura poesia.
Maravilha de texto. Belíssimo!
Abraços,
Lola
ZAYMON ZARONDY
ResponderExcluirda Casa da Poesia comentou:
"A poesia genuína pode comunicar-se antes que se seja compreendida."(Thomas Stearns Eliot)
ZZ
Marcia
ResponderExcluirda Casa da Poesia fez um comentário sobre sua postagem:
"Entre as entrelinhas
das novas ideias em riste
com medo de abrir mão
das velhas bulas e dos catálogos,
como então mudar o quadro-negro
do que hão de buscar no futuro que ora lateja
e se aflora além da retina a olhos vistos?"
Eu tinha um professor de faculdade que tinha uma ficha de aula, ele usava todo ano a mesma ficha, já amarelado com o tempo,e ainda era o meu prof de literatura, mas
"Eu só não quero me esquecer do ensinamento
de que não vim ao mundo a recreio
e eu mesmo traço meus acordados croquis".
Li seu poema trazendo-o para minha profissão,
parabéns Abraços.
Marcia
Luiz Mário da Costa,
ResponderExcluirCasa da Poesia disse:
- Ludugero quando eu crescer quero ser um poeta como você, interessante eu tô aqui repassando uma expressão que o poeta Rodrigo Noval, fala pra mim. Sim irmão, porque dos teus poemas farei uma série universal, cósmica, isto mesmo tendo o céu como toldo, teus poema serão nuvens, e mais nuvens e mais nuvens, em formas de versos, ora se precipitando e desaguando sobre a face da terra, já pensou!!! águas de chuva de versos de Ludugero, lavando a terra, lavanda as almas sedentas de versos, lavando a consciência de quem não tem: "Eu só não quero esquecer do ensinamento/Eu mesmo traço meus acordado croquis" versos que te projetam muito além da inspiração. Abraços poéticos. Mário Bróis.