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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

'BRABULETA EM FULÔ'


A mais bela fulô
não fenece nunca
todo santo dia se abre ao sol
do agreste, toda brejeira,
só pra adornar meu templo
em novos botões e sorrisos
entre afiados cardos,
nos xique-xiques,
nas coroas-de-frade,
nas macambiras.
Mas não há fragrância
que me embriague mais 
que a da sua essência.
Nada solicita tanto meus olhos
que essa moça vestida de chita
que mais parece uma santa,
bonita que só vendo, 
toda florada
toda florida
fora do andor,  faceira,
com a saia rodada ao vento,
brabuleta de plástico no cabelo,
Ela dança segurando as tranças
Ai, meu Deus quem me segura,
Ai, quem me dera, entregar-me ao deleite,
de ficar prestes a cair
de vez no céu daquela doçura,
seria como me lambuzar de mel 
na primavera!

9 comentários:

  1. Romântico seu poema! Menina de chita, de nada precisa para se achegar, apenas simplicidade! Lindo!
    Abraço, Célia.

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  2. Sensacional. Gostei da simplicidade e da representação do titulo.
    Vou me atualizar com seus textos e poemas.

    Peço perdão por me ausentar do meu blog. Mas estou de volta. E com aparencia nova e um post para a minha volta:

    http://paulobouvier.blogspot.com/2012/01/voltei_27.html

    Peço que visiste e comente. ABraços.

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  3. Marcia,
    da Casa da Poesia disse:
    Mas não há fragrância
    que me embriague mais
    que a da sua essência.
    Belo demais, parabéns!
    Abraços

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  4. Geuza Mariah comentou:
    UMA MISTURA
    DE COMEDIA
    COM REALIDADE...
    GOSTOSO DE LER!
    CADA UM DOS SEUS CAUSOS
    COMO SE DIZ,RSSS!
    BJS.

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  5. Beatriz Prestes, da Casa da Poesia, disse:
    Teu poema é um desfile diante dos olhos da alma... Impossível não visualizar cada verso tão cheio de encanto! Parabéns amigo!
    Bea

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  6. Amei de paixão seu belíssimo poema!
    Abração.
    Joseph Mendes,
    Escritor.

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  7. Que fantástico é o teu jeito de poetizar:
    "bonita que só vendo,
    toda florada
    toda florida
    fora do andor, faceira,
    com a saia rodada ao vento,
    brabuleta de plástico no cabelo,
    Ela dança segurando as tranças".

    Muito lindo!!!! Abraços mil.
    Meire Evangelista Torquato,
    Piracicaba.

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  8. Quem sabe fazer poesia diz:
    "Ai, quem me dera, entregar-me ao deleite,
    de ficar prestes a cair
    de vez no céu daquela doçura,
    seria como me lambuzar de mel
    na primavera".
    Tu és o cara, grande poeta!
    Raoni Serra

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