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domingo, 9 de novembro de 2014

VARZEAMAR-SE? por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

VARZEAMAR-SE?
por João Maria Ludugero



Então, digo, apesar de tudo, a sós comigo:
sei porque varzeamo. Alvoreceu.
A Várzea é de verdade. Sim, sim, tem o Vapor de Zuquinha,
a caminho das Novas Esperanças de dona Tonha de Pepedo.
É a seara palpável de Ângelo Bezerra, de Seu Tida e do Maracujá
das pitangas, seriguelas, tamarindos, cocos verdes e cajás-mangas.

Varzeanidade é a palavra que, ela sim, ramifica e enraíza uma pessoa.
Ela enlaça, abraça; sem encabrestar, mastiga um alguém nunca estiado a si mesmo, tudo para novas Formas, Seixos, 
Umbus e Ariscos pelo chão-de-dentro espairecido.

Estas palavras são para criaturas que se autorizam a estarem em constantes aprendizados, molduras. maneiras. vivências, eiras, leiras e beiras até correr dentro e alto pelo agreste verde da Várzea das Acácias.
Então, agrestar-se não é sinônimo de varzeamar-se?

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