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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

POETA JOÃO MARIA LUDUGERO - O MARCO DA MINHA POESIA, A CHAVE MESTRA

 
 

POETA JOÃO MARIA LUDUGERO - O MARCO DA MINHA POESIA, A CHAVE MESTRA. 


A chave com a qual todas as portas de um edifício podem ser abertas...
Quando tinha pouco mais de dezesseis anos de idade, fui estudar na ETFRN en Natal-RN, onde fiz o curso de Geologia, ocasião em que a ilustre Professora Álix Veríssimo Pantoja, mestra em literatura e língua portuguesa, induziu-me a escrever poesia. Foi ali que, preliminarmente, redigi um singelo texto "VÁRZEA DAS ACÁCIAS". Creio que tive então, pela primeira vez, a sensação do que era ser um escritor ou do que podia chegar a ser, e nunca tive dúvidas de que essa foi a experiência que me determinou a ser o poeta que sou.

VÁRZEA DAS ACÁCIAS - Autor: João Maria Ludugero

(PRIMEIRO TEXTO QUE ESCREVI SOBRE VÁRZEA-RN, em 1981)


Recebendo o aroma entorpecente desprendido das acácias e de outras flores, perfume agradável era lançado em mim, sentia-me lisonjeado pela natureza. Desapercebido com o passar do tempo, era alertado com o repicar do sino, voltava para casa satisfeito; hora da Ave-Maria...
Ao amanhecer... um novo dia, folhas e flores; folhas verdes, secas, flores amareladas caídas, sacudidas pelo vento. Folhas sem clorofila, semi-mortas, que não podiam realizar fotossíntese; como na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, estas folhas se transformam em húmus fertilizantes que tornam a terra, Várzea, mais fértil. Várzea das Acácias.Várzea, com suas ruas ornamentadas de verdejantes alamedas de acácias , é a cidade onde existe um pedaço de mim. Várzea eu te amo e me orgulho da seara varzeana. “Cidade das Acácias”, minha Várzea, meu pedaço do Brasil!

O sol se escondia no horizonte. Um colorido laranja-avermelhado misturava-se com azul anil celeste. O céu até parecia um fogaréu, em chamas quase extintas; era o término de mais um dia, como tantos, a monotonia de sempre, essa monotonia que eu prezo com amor, vida. Respeitando e preservando a natureza , pois para mim, viver a natureza é viver realmente, e não apenas passar pela vida. Que bom ficar observando o auriverde das acácias, verde/amarelo, as duas cores simbolizando a nossa pátria, o Brasil, não apenas duas cores várias: tabém o branco e o azul esplêndido da imensidão do céu. Rememorizar sempre os bons momentos da vida são revivê-los novamente. Sinto-me completamente extasiado quando lembro dos momentos felizes que lá passei, um belo recanto da natureza: Várzea-RN.

Sentado na grama do rio Joca, rio que banha a cidade de Várzea, contemplava o anoitecer com admiração; a ouvir o cantar dos passarinhos pousando de galho em galho em busca de seus ninhos, livres em seu habitat. Os raios solares se consumiam pouco a pouco, devido ao movimento de rotação da terra. Ao escurecer, sapos coaxavam, ouvia-se o canto dos grilos e de vez em quando um vagalume saía ou mudava de lugar. Inspirando ar puro, enchia os pulmões alucinado e de olhos entreabertos expirava calmamente e até me sentia aéreo, como que criasse asas e tornasse-me um pássaro e levantasse vôo. Um vôo até à lua.

Um paraíso... vivendo em corpo e alma, paraíso terrestre, um lugar em que vivemos felizes, um paraíso que pra habitá-lo não é preciso passar para uma outra vida, isto é morrer. Num paraíso onde São Pedro é o padroeiro. Foi fundada por Ângelo Bezerra, Ângelo nome angélico, anjo. Só sendo mesmo um paraíso!

Pequena cidade do interior potiguar, Várzea, com uma população bastante religiosa, povo bondoso, solidário, fraterno e hospitaleiro. Católica romana, religião predominante.A Matriz de São Pedro, afamada pelas suas festividades religiosas do mês de junho, é ornada por duas palmeiras imperiais em sua frente que são símbolos monumentais que simbolizam o povo fraterno e cristão, como que as folhas das mesmas simbolizem os varzeanos de braços abertos para o céu, louvando a Deus, mostrando sua fé e confiantes de que Deus é muito brasileiro.


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