A REFORMA DA ESTAMPA,por João Maria Ludugero
De coração partido, a combinar o futuro, a partir de um presente passado a limpo pelas varandasou alpendres sob o mais destemido tô-fraco feito galinha-d'Angola, persisto com os olhos marejados em repentinos 'adeuses' esbanjados dentre arredores além do meio-fios do labirinto dos verde-musgados seixos...
Aí, então, alguns reformam casas, escolas, igrejas, caminhos,armários, cadeiras, outros ainda cabelos, faces, orelhas, olhos, braços, pernas, estradas, rugas, narizes, pés, calçados, jaquetas, ternos, redes, espreguiçadeiras, roupas, estados.
Contudo, se ao mesmo tempo não reformarem o que está vinculado a isso, sobretudo se cada um não reformar a si próprio, então, não avançará: e as novas perturbações surgirão, aos solavancos,maiores e mais perigosas do que antes, dia-após-dia, num completo alarido, desses de assanhar até mesmo os pelos da venta e tudo voltará a cair no caos sob a estampa esbugalhada na vida esbaforida, a arredar todo o medo da cuca em acordes de sonhos bem apanhados e alvorecidos em arrebóis...
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