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sábado, 22 de novembro de 2014

VARZEAMADO COLIBRI DO AGRESTE, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

VARZEAMADO COLIBRI DO AGRESTE VERDE,
por João Maria Ludugero

Deixa falar de ávidas e belas palavras
Que a minha cuca tem para te dizer!
São talhadas no Vapor de Zuquinha
Reverdecidas na copa dos juazeiros.

Têm arrebóis em mulungus de flores laranjas,
São como sedas flamejantes a arder
Na tarde amena do açude do Calango,
Deixa dizer-te os lindos versos tão raros
Que foram feitos só para te varzeamar!

Mas, meu lugar, eu já lhe digo ainda tão feliz
Que as flores de tuas acácias são tão bonitas
E ficam a correr dentro e alto na composição
Dos singelos versos em que amorteço dores
Pelo marejar dos meus radiantes olhos d'água
Que brotam em saudades no coração partido...

Amo-te tanto! E nunca te esqueço...
E nesse adejar de astuto colibri, Várzea,
Guardo os versos mais lindos que te fiz!



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