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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

EU-JOÃO LUDUGERO-ARTEIRO POETA MADURO E AINDA TÃO MENINO, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
EU-JOÃO LUDUGERO-ARTEIRO POETA MADURO 
E AINDA TÃO MENINO,

por João Maria Ludugero


Aquieta o coração, 
Ajusta teus pensamentos 
Além das quatro-bocas,
Antes que a vida de menino levado da breca 
Possa compreender e recordar-se 
Da velha infância jamais esquecida, 
Devendo estar unida
Ao disposto e tão calado silêncio 
Que tem habite-se em teu peito arteiro
Num magote de arteiras formas 
Que são moldadas pela argila que colhes
No vão do interior da Várzea das Acácias 
De madrinha Joaninha Mulato
E é primeiro unida à mente 
Deste astuto eu-poeta-ceramista...
Então a tua alma ouvirá e se levantará 
Em devotas lembranças.
E, ao ouvido interno,
 Falará a voz do silêncio 
Qe atento só escutas
E, num repente, te apanha a assanhar 

Até mesmo os pelos da venta!

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