OLÉ, OLÁ, MINHA VÁRZEA!
por João Maria Ludugero
Descalço,
o menino varzeano
dá um breque
e um salamaleque
com tamanha astúcia.
Mole, mole, segue o passe
seguro de si, escapole
o moleque se equilibra,
voa em habilidoso olé,
parte e se reparte
ao drible com garra
alarde que arde contente
dentro da tarde amena
Ele passa sebo nas canelas
e desabala a bola na areia
Ele mete o pé com gosto
e rola disposto ao arrebol
Está no sangue,
Está no solo,
Está na pele,
É de nascença, é natural
Está no pé desse moleque
esse gostar de futebol
na Várzea do rio Joca.
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