LUDUGERO DIANTE DA SAUDADE,
por João Maria Ludugero
Ludugero diante da Várzea
(Instância interrogativa).
Singela e pacata cidade.
E infinita: a vida.
Quatro bocas:
Rua da Pedra,
Rua do Arame,
Rua São Pedro,
Rua Nova,
Ludugero se contempla
(Varzeamado).
No estatuto da memória:
Ávido ele se interroga.
(Sempre mais a ação.)
Na praça do Encontro:
A frondosa algarobeira verde se estende.
Tempo: foram-se a velha infância, juventude, becos,
Lenço de enxugar saudades pela rua Grande.
(Várzea: sou apenas um homem entretido nesse lugar)
Desterrado?
O instante convertido em sempre?
Aquilo que está escrito no coração
Não necessita de agendas ou alertas
Porque a gente não esquece…
O que a memória ama fica eterno.
O Ludugero em face dos sonhos em acordes
Vive a desenhar sem borracha,
Diante do amor a sua Várzea.
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