NOSSA VÁRZEA-RN, por João Maria Ludugero
Não só de manjar
Ou correr na lida,
Minha Várzea tão querida
A quem sempre vou amar
Que deixei, mas voltarei
À minha seara potiguar!
Eu vivo longe da terra
Mas não é por opção propícia
É de cortar o astuto coração
Viver nessa longa espera
Mas eu sei, ai quem me dera
Ver minha alma agradecida
Na terra encontrar guarida
Quando um dia lá voltar
E ela poder ainda mais varzeamar!
Bem sei que Um dia
Eu voltarei com certeza
Trago cá em minha mente
Essa certeza tão latente
De ver tudo o que deixei
E as pessoas que amo e amei
Que deixei a me esperar
Na certa vou encontrá-las
No meu lugar tão querido
Que nunca foi esquecido
A quem sempre vou amar!
Quando lá chegar um dia
Essa angústia vai ter fim
O sol nascerá pra mim
Terá fim essa agonia
Que já me faz companhia
Nas terras por onde andei
Desde que de lá cheguei
Por isso quero matar de vez
A saudade do meu lugar
Que deixei, mas voltarei,
A rever os meus jasmins.
Essa minha Várzea do agreste
Que há muito tempo não vejo
Desperta em mim o ensejo
De lhe mandar um presente
No meu verso mais ardente
No meu jeito de poeta
No meu singelo cantar
Em motes tão singelos
Mas eu dedico esses versos
Ao meu solo potiguar:
Minha Várzea das Acácias!
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