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segunda-feira, 11 de abril de 2011

ECOS DE REALENGO (UM GRITO NA VOZ DA POESIA)

Olhares Foto by Varli J. Dorighello

O assassino
Matou meninos e meninas.
Recarregou
Várias vezes
Seus revólveres.
E só parou
Ao disparar contra si,
Suicidando-se.
Onde está o culpado,
Onde estão os inocentes?
Onde estamos nós?
Silêncio!
Ora, por que um minuto
De silêncio
Na mídia sensacionalista.
Pra que vácuo de voz,
Se o silêncio,
Um nada que vocifera
Agora grita mais alto dentro.
Porque amordaçar essa gente,
Se Realengo está com o grito
Preso na garganta, irresignado
Com o estado das coisas
Acontecidas - doze vidas subtraídas
Sem causa nem porquês?
Pelo visto, logo logo tudo isso
Cairá no esquecimento.
Enquanto isso, não longe daqui,
Cria-se outro verdugo no escuro.
Cuidado, pasmem!

Ele pode vir em pele de cordeiro.
Abram-se bem os olhos, pois
Numa esquinas dessas, de cara,
Sem aviso, ele pode nos pegar de assalto
E pedir que cedamos a outra face.
Ele virá sorrateiro nos flertar
Numa fresta, silenciosamente,
Com seu olhar que lucifera, voraz
Armado até os dentes,
Com sede de sangue
Prestes a nos fuzilar n
o muro,
No paredão da vez, à luz
Da santa ignorância,
Calcado numa extrema fé,
Que cega mente e olhos
Que mais aliena do que orienta
Que mais deforma um ser já doente,
De insana mente,
Que nos crucifica
Em nome de Deus.

5 comentários:

  1. Fiquei com lágrimas nos olhos. Muito forte o teu pensar, concordo contigo.

    Bjs

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi, eu moro em Manaus, vi as tuas fotos e gostei da tua cidade. Linda a tua familia também. Olha, eu fiquei indignado com tudo o que aconteceu também. Sobre o teu poema, achei o máximo a forma colocada. Parabens cara.

    Abraços

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