Ao me deitar
Eu fecho a luz,
Não me apago de vez.
Tenho o sono dum homem
Em perfeito estado de consciência.
Canto pra me ninar.
Canto pra me ninar.
Respiro bons ares.
Os lençóis brancos
Me convidam a voar,
Voar com os carneirinhos
Das nuvens de algodão.
Eu fecho os olhos,
Eu conto estrelas, luas
Num céu de imaginação.
Eu conto estórias
Pra boi dormir,
Dou nome às vacas,
Às sagradas e às profanas,
Que me seduzem a voar,
Loucas para me fazer saltar
Do parapeito da ponte
Aos trancosos fantasmas,
Da torre do calafrio
À pira acesa do fogo-fátuo,
Do alvorecer boreal
À liberdade de um sonhar bacana,
O que mais me atiça eufórico
A sonhar alto e plainar
Por entre as flores
E os espinhos, de certo
De versos travessos
Que me acordam cedo
Pra lida. Eu escrevinho.
Rabisco os rascunhos
Do que será passado a limpo.
Eu sei que posso escolher
De passar a noite em claro,
Ferrar o sono
Ou curtir plumas, painas
Ou as penas da insônia
Em brancas nuvens de algodão.
Eu prefiro ficar com doces sonhos
Edificados no pensamento.
Vou ao encontro dos verbos,
Viajo por lugares desconhecidos,
Revolvo amores, rostos próximos.
Repasseio por outros jardins, replanto ramas
Semeio outros feijões, lavro interiores
Nem menos nem mais turbados,
Viajo por lugares desconhecidos,
Revolvo amores, rostos próximos.
Repasseio por outros jardins, replanto ramas
Semeio outros feijões, lavro interiores
Nem menos nem mais turbados,
Teço versos despertadores
Na cama da poesia,
Onde bem repouso minha cabeça.
Que alívio é atravessar o caos
Num mágico e belo travesseiro,
A passos largos incansáveis.
Nasce o engenho das palavras soltas,
Unidas a colher versos, de frente.
Resta ao poeta senti-las, medi-las
E até sopesá-las no sono.
Perto eu sei não vou, viajo longe
Num voo fora do corpo,
Estou nas alturas no ar, acordado
Sem carecer de nenhuma morte,
Sem nenhum regulador sonífero ou anfetamina,
Sem nenhum regulador sonífero ou anfetamina,
Sem roncos nem remediados pesadelos.
Sei que adentro no alto, vou e volto,
Que estou seguro acima do leito,
Observando meu corpo dormente.
Ali parado, desnudo, mas
Quase todo escondido, de fora,
Envolto nas penas de ganso,
Meu corpo a dormir o sono dos justos,
Sob a vigília da própria alma latente, em paz.
Alma que se sente justa, inquieta,
Mas de bem com os deuses da vida.
Até amanhã, bons dias!
Quase todo escondido, de fora,
Envolto nas penas de ganso,
Meu corpo a dormir o sono dos justos,
Sob a vigília da própria alma latente, em paz.
Alma que se sente justa, inquieta,
Mas de bem com os deuses da vida.
Até amanhã, bons dias!
ludgero, poeta amigo
ResponderExcluirQue ninguém duvide de tua sensibilidade
e de tua poesia...é nato em ti...
"Fala-me dos sonhos,
Fala-me dos medos,
Dos terrores,
Das lembranças menos boas,
Mas fala-me
E deixa a porta do meu quarto
FECHADA
E nem tu entres, meu amor!
Fala-me das madrugadas
Da relva do jardim
Machucada
Pelos amantes que se amaram,
Ao som das cítaras caladas.
Deixa-me as quimeras
Do meu sentir de Poeta
Esquecido, aniquilado
Nesta Era!"
Maria luísa
E se a tua alma é justa
E está de bem com os Deuses
O teu sono é um sono de justos
E teu corpo descansa
Até ser manhã!...
Lindo o que me escreveu
Belo o que aqui nos conta
E eu tento responder
A tanta Beleza!...
Mas é quase impossível...
Um Abraço,
maria Luísa
Tenho um blogs onde escrevo prosa e recebo os prémios que me oferecem :
ResponderExcluirhttp://premios-prosa-poetica.blogs.sapo.pt
pode entrar através deste meu blogs, à direita no cimo diz: "Prémios - clique para vêr" vai directo.
para comentar, clica onde diz, "não tem blogs no sapo", aí coloca apenas seu nome, comenta embaixo
e no final "publica" - fácil!
Tenho homenagens a vários poetas,
factos recentes a acontecer no mundo
e os tais prémios, oferecidos pelos amigos.
O convido a visitar.
É um blogs intimista, onde passam muitos visitantes e é comentado por alguns amigos mais
íntimos. Tome esse Lugar de Amigo, se o quiser, mas se não o fizer, eu continuo igual à pessoa que encontrou...
Parece-me que há muito tempo o procurava...amante da poesia!
A prosa dá-me uma imagética maior
ajuda-me a escrever para mim
e para aqueles (poucos)que gostam de mim.
A maior parte, gente anónima e desconhecida -
Mas...GENTE!
com amizade,
Mª. Luísa
Que belo sonho de poesia.
ResponderExcluirabraço
oa.s
Poxa... essa poesia, faz qualquer um voar... voar... voar... e... voar. Amei!!! Parabéns menino, mas uma vez.
ResponderExcluirTenha um ótimo dia!
Poesia feita sozinha, sonora e alta
ResponderExcluiralva, mensuras de versos e sopros
o riso facil - poeta
Rabiscando ao chão dessas letras
aos pés da sonifera incerta
versagens tão tuas que outras
e deitar-se com elas ♥
""""
Ludugero! Lindo, querido. Apaixonas-me...
OLá Ludugero! Obrigado pela visita.
ResponderExcluirParabéns pelo seu blog, muito bonito, mesmo. Apesar do meu ser num estilo diferente gosto de blogs poéticos como o seu. Estamos ai. Sucesso. Abraço forte e esteja sempre por lá.. estarei por aqui sempre quando possível!
Amigo nos meus blogues os comentários só podem
ResponderExcluirser inseridos depois da minha autorização,mas
eu permito sempre, excepto se a linguagem não
for correta(também o há, infelizmente). No
http://sinfoniaesol.wordpress.com não permitem
seguidores.
Sempre que coloque algo seu eu digo.
Beijinho
Irene
"As grandes idéias surgem da observação dos pequenos detalhes." (Augusto Cury)
ResponderExcluirhttp://www.eu-e-o-tempo.blogspot.com/
http://www.lleandroaugustto.blogspot.com/
Paz & Bem!
Leandro Ruiz
Que hermoso amigo soñar en poesía, con las plumas en el aire allá donde van tus pensamientos al cielo a las estrellas, a la luna el mar que viaje más hermoso, me gusta tu forma de hacer poesía muy bonita, real.
ResponderExcluirUn gran abrazo con mucho cariño que tengas una feliz tarde.
Obrigado pelo convite! eu Seu blog é muito interessante! continuar o bom trabalho ...
ResponderExcluirOlá!!!
ResponderExcluirTudo bem?
Obrigada pelo convite e carinho.
Seja sempre bem-vindo no meu blog.
Desculpe-me pela demora em responder, mas é que esses dias foram corridos.
Adorei o seu blog tb, sempre que possível passarei aqui.
Fica com Deus,
beijos
João, sua amizade me é muito bem vinda. Sinto-me mais rica a cada pessoa disposta a trilhar o bom caminho da amizade. Sei bem como é, os comentários também são o combustível de minha blogagem!
ResponderExcluirCaramba, se até para dormir você constrói uma poesia, como dizer? Acho que nem o couro e o mugido do boi pra dormir você deixa de aproveitar na escrita. [sorrio] Parabéns! Belo texto! Abraço, João!
"Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as suas mãos para cultivá-las."
ResponderExcluir(Augusto Cury)
http://www.lleandroaugustto.blogspot.com/
http://www.eu-e-o-tempo.blogspot.com/
Um grande abraço: Leandro Ruiz
Que poesia linda! Senti cada palavra. Você tem um dom, querido.
ResponderExcluirFraternal abraço,
Débora Andrade.
..gostei bastante do que li. Eis-me aqui..sua seguidora...
ResponderExcluirUm beijinho
da
Blimunda