LABIRINTO |
Venha se deitar
Comigo
Desarrumar minha bagunça,
Desarrumar minha bagunça,
Iluminar meus versos.
Entre dentes, lábios e língua
Escrever nosso verbo,
Entre dentes, lábios e língua
Escrever nosso verbo,
Eu consigo
Atravessar os avessos de nós,
Escutar a carne do coração tremer
Num pulsar ritmado,
Cadenciado
Pela música que ecoa a léguas
Que soa emana entoa,
Que nasce na embocadura
Dos teus olhos de deusa,
Que me anima a achar
O fio de ouro da meada,
Levando-me ao canjerê
Sob a linha de Ariadne,
Sem desmanchar o laço,
Sem me largar no mato
Sem cachorro,
Nesse bater incansável
Que me doa utopia,
Eira e beira,
Só pra permanecer
A bater o tambor
A bater o tambor,
A bater sem trégua,
Sem deixar se abater
Sem morrer à míngua,
Sem largar a mão
De bater sem parar
De encarnar a lida de comando
No tambor da poesia que reina,
Que circula em minhas veias,
Sem se queixar de começar
Sem se queixar de começar
De novo a alinhar
O novelo.
Bonito poema, Ludugero. Desculpe se tenho andado meio desaparecido, mas tenho tentado me concentrar nos estudos. Um abraço.
ResponderExcluirUau!!!
ResponderExcluirQue quente e boooom!!!
Adoro letras incandescentes e você as tempera na medida.
Belíssimo.