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domingo, 10 de abril de 2011

LABIRINTO


LABIRINTO

Venha se deitar
Comigo
Desarrumar minha bagunça,
Iluminar meus versos.
Entre dentes, lábios e língua
Escrever nosso verbo,
Eu consigo
Atravessar os avessos de nós,
Escutar a carne do coração tremer
Num pulsar ritmado,
Cadenciado 
Pela música que ecoa a léguas 
Que soa emana entoa,   
Que nasce na embocadura 
Dos teus olhos de deusa,
Que me anima a achar
O fio de ouro da meada,
Levando-me ao canjerê 
Sob a linha de Ariadne,
Sem desmanchar o laço,
Sem me largar no mato
Sem cachorro,
Nesse bater incansável
Que me doa utopia,
Eira e beira,
Só pra permanecer
A bater o tambor
A bater o tambor,
A bater sem trégua,
Sem deixar se abater
Sem morrer à míngua,
Sem largar a mão
De bater sem parar
De encarnar a lida de comando
No tambor da poesia que reina,
Que circula em minhas veias,
Sem se queixar de começar
De novo a alinhar
O novelo.

2 comentários:

  1. Bonito poema, Ludugero. Desculpe se tenho andado meio desaparecido, mas tenho tentado me concentrar nos estudos. Um abraço.

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  2. Uau!!!

    Que quente e boooom!!!
    Adoro letras incandescentes e você as tempera na medida.

    Belíssimo.

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