De súbito,
A sangue frio
Sem aviso,
O verdugo
Irado decidiu 'sim'
Pela sentença de morte.
Aos sete de abril,
Não escolheu faces.
Com a alma atormentada,
Vestido para matar,
Infame adentrou cedo
No jardim do amanhã.
Invadiu, apontou pra escola
Aonde outrora estudou,
Furioso revolveu seu ódio,
Disparando cólera,
Covardemente
Acertou em cheio
A face da inocência,
Transfigurando-a.
Tingiu de vermelho
As pétalas brancas
Das rosas meninas,
Arrancou meninos lírios pela raiz.
Ferindo-os de morte,
Abalou a inocência
Daquelas crianças
Do real engenho do Realengo.
Deu cabo ao seu gesto estúpido.
Sua hedionda mente assassina
Atingiu fundo
O semblante de Deus
E deixou um profundo silêncio
Gritando em nós, por socorro.
Silêncio!
Precisamos ouvir a voz de Deus.
Que Ele nos acuda, nos valha,
Pois 'tamos de ovários cheios
e violência.
Denso, forte, real.
ResponderExcluirSuas palavras, como já disse, silenciam a gente.
Bjks
Ainda perplexos, reverenciemos os que se forem. Depois levantemos as nossas cabeças e façamos do luto uma luta por um mundo menos cruel.
ResponderExcluirNão há inocentes. Mas também não deveria haver culpados.
ResponderExcluirMerda de humanidade cheia de defeitos:(
A verdade nua e crua que sempre dói. É uma pena, mas infelizmente a vida tem dessas coisas.
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