OÁSIS-MEIO-ME!
por João Maria Ludugero.
E no silêncio da tarde amena
Enlevam-me as boas lembranças
Que ainda me ninam...
Que me contam os segredos do interior
Falando-me do rio Joca e do aconchego
Sem alardes, sem medo da cuca, além
Acompanhado dos acordes do vento
Que sopra a correr dentro e alto
Sem mais trazer notícia ou alento
Falando-me da Várzea de outrora
E de algo assim ainda muito presente
Da metáfora do distante e do próximo
Do oásis ao meio do deserto
Do (in)quieto adeus que me deste
Quando tua ida me deixou tristonho
Assim embalado na tua saudade
Que sinto doer com todo afinco
Mais ao ensejo do entardecer
Quando o sol alaranja meu coração partido,
Sem ao menos se despedir dos meus sonhos
Quando, mesmo ao fosforescente lusco-fusco,
Ainda me vejo aos acordes da Estrela Dalva!
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