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domingo, 24 de novembro de 2013

GRAVATÁ, por João Maria Ludugero

GRAVATÁ,
João Maria Ludugero. 

Não é só de manjar, 
Mas lhes asseguro, 
Sou quase sem caule 
Da família das bromélias, 
Sou primo do abacaxi, 
Resistente e de vida longa; 
Minhas folhas são duras, 
Verdes, com a base ou 
As extremidades vermelhas 
Produzo uma fibra usada na confecção de cordas, 
Tapetes, barbantes e mantas para selas. 
Minhas flores têm cálice branco 
E pétalas roxas a enfeitar os Seixos 
Lá da Várzea de Joaninha Mulato! 
Meu fruto é de extasiante amarelo 
Cheio de sementes e de um sabor adocicado, 
Convidativo, mas que corta a língua a gosto... 
João Ludugero comeu muito da minha fruta 
Que apetece até pela exótica essência 
Apesar de que o céu da boca dilacero!

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