LUDUGERAÇÃO,
por João Maria Ludugero.
Mas quem é que sabe da magia,
E do mistério, dos bem-quistos segredos
Que os teus olhos escondem, oh Ludugero?
Quem sabe a aurora que por eles adentra
Esbanjando em autênticas alegrias de ouros e pratas
Em suaves solenes cantigas disparadas da alma?
Há caprichos nos teus olhos arteiros, garoto
Astuto levado menino medonho em folguedos,
Em nuances sempre sonhadas em radiantes acordes.
Teus olhos entretidos e afoitos não se espantam,
Mas inundam-te a íris, multicolorindo tua vida
Até às margens, e transbordam a correr dentro
Numa gota que condensa mil cores em aromas
Das flores que bailam ao sabor de ventos uivantes…
Ludugero é rio a desaguar sob olhares risonhos.
Mas que raiz, que facho de luz intenso
Sustentam tuas belas miragens, oh menino?
Acobertas-te sob o sol amar-elo da lida.
Com auréolas em todo o teu corpo partes adiante,
Contagiado pelo teu ansioso coração passarinheiro…
Espaireces-se em mistérios que nem ouso desvendar.
Repito a contento, como acordes de um sonho,
Iluminados assim, advindos do céu da tua boca!
Nenhum comentário:
Postar um comentário