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sábado, 16 de maio de 2015

CHAMA PARA O INTERIOR: LUDUGERO DESDE QUE ME ENTENDO POR LUDUGERO, NÃO SÓ DE MANJAR, REZAR OU FAZER POESIA, por João Maria Ludugero


CHAMA PARA O INTERIOR: 
LUDUGERO DESDE QUE ME ENTENDO POR LUDUGERO, 
NÃO SÓ DE MANJAR, REZAR OU FAZER POESIA,
por João Maria Ludugero.

De erro em erro, de lápis a lapso em traços
de loucuras em loucuras na peleja da lida,
Vou-me descobrindo com todo o esplendor do charme,
Vou-me descobrindo dentro de toda a mais plena verdade,
Ao sonhar acordado, sem medo da cuca esbaforida,
Retocando meu coração partido, amparado pela minha cabeça...
Mas se preciso for, sou mesmo de correr dentro feito cabra-da-peste
A assanhar até os pelos da venta, sem apego a afoitas correntes,
Mas bem-apanhado a partir do elo sem quaisquer composturas,
Sem forma definida ou pela não manutenção do pote da fantasia,
Haja vista me pegar solto na vida, sem carecer de ser cabotino,
Feito o astuto poeta menino João maduro na Várzea dos Caicos,
Seara do sanhaço só entretido e espairecido com a solene cantiga
Agreste do eufórico bem-te-vizinho e do curioso pintassilgo lá da renovada Esperança de São Severino pelo chão-de-dentro das favas, feijões, milhos, Jerimuns, batatas-doces, inhames, ingás, goiabas, macaxeiras, maxixes, Quiabos, gergelins, cocos-verdes, melancias, canapus e melões-de-São-Caetano, num tremendo fulgor que me chama ao interior num possante e Bem mais que destemido tô-fraco dos guinés debaixo do mais reflorescido jasmim-manga, assim, bem pra lá de contente desde que me entendo por Ludugero.

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